quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pesquisa séria sobre o perfil do jogador de RPG

Desde que comecei a jogar, já devo ter preenchido pelo menos umas 5 pesquisas sobre o tal "perfil dos jogadores de RPG". Da maior parte, nunca tive uma resposta se quer do resultado, normalmente fruto da falta de costume dos pesquisadores em mover uma pesquisa. Pesquisa exige método, planejamento, estudo das amostragens e afins. Esta é a primeira pesquisa sobre jogadores RPG em que realmente senti firmeza por parte dos pesquisadores envolvidos. Ela já está rolando desde 2008 e parece ter caído no esquecimento. Convido todos os leitores e blogueiros a divulgarem a pesquisa visando melhorar a amostragem e o poder explicativo da mesma.

Infelizmente não encontrei as credenciais do Pesquisador Diego Adão além das referentes ao fato de ser, ele mesmo, um jogador de RPG e pesquisador da UNIFESP. Porém, me fio na força da instituição e na qualidade da pequisa.

A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e em parceria com a Lvdvs Cvltvralis, desenvolveu a pesquisa Role Playing Game: estudo do perfil do jogador de RPG.
O objetivo dessa pesquisa é trazer evidência científica sobre o perfil dos jogadores de RPG, a fim de se combater a informação ilegítima contra o hobby.
Para tanto, precisamos de sua colaboração. Basta acessar o link

http://biocomp.epm.br/rpg

e responder ao questionário do estudo.

Obrigado,

Diego Adão F. Silva
(pesquisador da UNIFESP)
diegorpgunifesp@gmail.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Por que a Guerra das edições nunca vai acabar e o blogueiro cara de pau

O blogueiro cara de pau sou eu. Aproveito comentários que faço em blogs de colegas para alimentar o meu. Pelo menos eu sou limpo e dou os links.

No Paragons, o Daniel Ramos publicou uma mensagem de Vic Wertz sobre o fim da guerra das edições. Um bom papo de marketing, estilo vamos todos dar as mãos, abraçar uma árvore ou regravar We Are the World versão RPG.

Eis o meu comentário:

A guerra das edições tem um papel importante no mercado: gerar paixão. O cara gosta do D&D4e por qualquer razão que nem ele mesmo sabe. Vem alguém e fala que D&D4e come criancinhas. O cara começa a argumentar e a paixão dele pela marca vai crescendo. A mesma coisa do outro lado. As pessoas começam a estudar seus RPGs favoritos e os seus desafetos atrás de referências, falhas, discursos e justificativas. No fim temos um balde de fãs assíduos que vão comprar tudo que tiver pela frente atrás de sua paixão e argumentos. No meio disso, possíveis consumidores são atingidos por propaganda gratuita e embasada de ambos os lados e decidem seu lado na briga pela compra do produto. Afinal, se deixaram algum tostão ali, vão ter que aprender a justificar a compra e não serem taxados de otário.

Produtos que despertam esse sentimento entre os seus consumidores vão mais longe. Se uma marca de RPG tivesse, queria eu que ela entrasse na guerra das edições e estivesse sempre nas cabeças, nos Fóruns, na Internet e em tudo quanto é lugar.

O pior consumidor para as editoras é aquele que não se envolve. Tem gente que não migrou nem para a 3e. O caboclo tinha uma coleção incrível de tudo quanto é coisa de AD&D e nem se coçou. Se encontra um suplemento que lhe interessa no ebay, compra. O investimento dele em RPG cessa e isso é BOM para ele. Ele já tem o que quer em casa, já gastou o que tinha que gastar, conhece o AD&D na palma da mão dele. Os jogadores estão para lá de acostumados e a vida segue.

Pensem bem, um sujeito que comprou muralhas de livros da 3.5 tem tudo que precisa em casa para jogar o resto da vida. Ele pode perfeitamente não ser mais um consumidor de RPG, mas continuar como jogador. Esse cara é o HORROR da Paizo e da Wizards. A Paizo quer que ele ache que ele PRECISA comprar coisas novas para o seu RPG preferido. A Wizards quer que ele ache que PRECISA se atualizar para a nova versão.

O cara só quer rolar o dadinho dele em paz e curtir o investimento que ele já fez. Vejam que calhorda!

Adendo de última hora:
Não existe:


  • Apple sem Microsoft

  • Marvel sem DC

  • Linux sem Windows

  • He-Man sem esqueleto

  • Piu piu sem Frajola

  • Sou eu assim sem você