quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O RPG do amor

Vi primeiro no News RPG. Ainda estou sem palavras. Na falta delas, uma apresentação do livro:


Em Jogos de Amor, do doutor Américo Canhoto, você poderá participar de uma inesquecível experiência, repleta de sentimentos, emoções, prazer e espiritualidade. Assuma o papel de um personagem e vivencie a busca da felicidade e do amor. Com a orientação do autor, que utiliza o RPG - Role Play Game, jogo de interpretação de papéis -, você descobrirá quanto e como suas escolhas amorosas podem influenciar sua vida e a de outras pessoas. Nessa experiência virtual, improvise à vontade para que você tenha a oportunidade de realizar um sonho possível: viver um grande amor...


Dr. Américo Canhoto é médico e autor de diversos livros espíritas para a Editora Petit, entre eles Saúde ou Doença: a escolha é sua e Chegando à casa espírita. O livro promete tratar da saúde dos relacionamentos, ajudando você a perceber quando encontrou o amor e como cuidar dele. Tudo isso com uma abordagem literária inovadora: os jogos de representação.

Eu, sinceramente, estou maravilhado. Desde que maturei meus conceitos sobre o RPG defendo que ele deve deixar seu nicho nerdizante de editoras especializadas e produtos herméticos para se tornar uma prática corriqueira, mundana. Todo mundo pode jogar RPG e é possível fazer um RPG para qualquer coisa e para qualquer um. A imaginação é um poder humano assim como a representação e o lúdico. Quero mesmo ver este livro. Quero ver como o autor entende RPG e como ele o usa. Quero descobrir se eu concordo ou não com a abordagem dele. Vai que eu descubro um produto interessante com uma abordagem realmente diferente do tema?

Eu faço as minhas apostas. Fui Kardecista por anos e conheço poucas religiões tão RPG quanto a doutrina espírita. Uma religião que inclui cidades espirituais, bastões de luz como os presentes em Nosso Lar e que cuida de mitigar ao máximo a barreira entre fantasia e realidade com seu discurso científico positivo merece muito do meu respeito. Num dia de especial inspiração, retomarei a leitura dos livros de Kardec e André Luís e farei um pequeno RPG sobre missões espirituais partindo de cidades espirituais para levar luz para desencarnados que vagam no umbral ou para encarnados que estejam sendo obsediados. Aliás, um RPG seria uma excelente ferramenta de disseminação da conhecimento espírita, mostrando a visão deles sobre o mundo espiritual através dessas aventuras.

Por essas idéias e outras, que eu queria muito que RPG conseguisse ir para além dos D20s e ganhasse o mundo. Quem sabe o Dr. Canhoto não está justamente pavimentando essa estrada para nós?

8 comentários:

Anônimo disse...

Adorei! Um achado fantastico realmente Romulo!

O unico rpg sobre relacionamento que lembro encontrei no revolution express e os jogadores formavam um triangulo (e de acordo com o numero outras formas geométricas, enfim...)amoroso...

felipe disse...

cara.. que coisa mais bizarra....

Unknown disse...

Muito, muito bom.
Cara. incrível como você acha essas coisas.
concordo com você em gênero número e grau sobre abandonar o nicho.

Tsu disse...

interessante para trazer mais mulheres pro jogo

Unknown disse...

Olha, eu sou kardecista e jogador de RPG...
já tive vontade de criar um RPG que abordasse o Kardecismo, mas nem um pouco parecido com Star Wars que você mencionou.
Nosso lar não é livro básico da doutrina espírita, e trata de apenas UMA de MILHARES de colônias espirituais, que são diferentes tanto quanto países, em seus costumes.
Estou aproveitando o post para deixar claro aos não kardecista que UMBRAL NÃO É O INFERNO KARDECISTA! como muitas pessoas acham. Umbral nem ao menos tem pessoas de todo o mundo, ou algo do tipo...
O umbral é sim um lugar próximo a colônia Nosso Lar, que espíritos de mesma frequência (baixa) se aglomeram por assimilação... Existem diversos lugares no mundo como o umbral, assim como existem diversas favelas no mundo com pessoas sem dinheiro.
Esse mito faz com que muitos pensem que o Espiritismo é um apanhado do catolicismo com meia dúzia de outras religiões, o que não é verdade.

Não estou de maneira alguma criticando o post, ou vc ou qualquer coisa, mas sempre fico indignado com a falta de informação que deturpa o kardecismo. Assim como se alguém me dissesse que GTA é RPG, ou que Harry Potter é literatura de RPG.
Estou aproveitando o espaço para tentar desmistificar este senso comum errôneo, desculpe se ficou parecendo algo diferente.

e o projeto que eu imaginava tinha mais a ver com evolução pessoal, que ao longo de varias encarnações, ia se perdendo defeitos e vicíos, e espiando erros passado, galgando aos poucos os degrais evolutivos.

Um grande abraço, e curto muito seu blog (apesar de achar que tem poucas atualizações).

opiumseed disse...

Cara, eu também acho que meu blog tem poucas atualizações.

Olha, eu super entendi seu comentário, mas espero mesmo que você tenha colocado o adendo sobre o Umbral não ser o inferno de uma forma genérica para os leitores desse post, pois não falei nada se quer parecido com isso em momento algum.

Dou todo o apoio para você criar um jogo de representação baseado na doutrina espírita, querendo ajuda tamos aí.

JRNMariano disse...

Uau!, um livro de auto-ajuda amorosa que usa os RPGs como alegoria para explicar os seus conceitos apesar de estar um pouco “trocado” e usar expressões de videojogos como “Pause” e “Game Over”? Estranho, mesmo!

Por outro lado jogos de RPG sobre relações amorosas ou encontros românticos já existem e até possuo um deles e tentei-o jogar com a minha namorada e tudo: o Breaking the Ice da Black Green Games.

Se derem uma vista de olhos na página do jogo (aqui, http://www.blackgreengames.com/bti.html) descobrem que o Breaking the Ice é um pequeno jogo de rápida preparação onde um casal improvável combina três encontros românticos entre si. Só depois várias peripécias e descobertas mútuas é que se “joga” o desfecho feliz da relação “para todo o sempre até que a morte os separe”ou se aqueles encontros ficam presos num passado de dúvidas e lamentações.

Da mesma editora existe outro jogo, o “Shooting the Moon”, é sobre dois pretendentes a disputarem a mão de um amado, enfrentando obstáculos e tentativas de sabotagem mostrando o quanto são capazes de superar a adversidade pelo amor. Dêm uma vista de olhos aqui, http://www.blackgreengames.com/stm.html .

Unknown disse...

quanto ao umbral, foi realmente para quem ler os comentários e não por causa do post... é que é uma idéia muito difundida, e eu aproveitei que já estava falando disso pra tentar clarear algum possível leitor desenformado.
Um abraço! Keep posting!